A presidente da Diretoria Executiva da Santa Casa de Capitólio (MG), Gleida Cristina Gomes Araújo, afirmou na última quinta-feira (26), que o hospital analisa a viabilidade das propostas apresentadas pela Secretaria Municipal de Saúde, na quarta-feira, após anúncio de redução nos serviços prestados e no atendimento por parte da Santa Casa a partir de 1º de novembro.
A crise na saúde em Capitólio teve início após redução no repasse mensal da prefeitura para o hospital. Na segunda-feira (23), a Santa Casa encaminhou à prefeitura uma notificação extrajudicial onde o hospital aponta que “tendo em vista a ausência de recursos suficientes”, a partir de 1º de novembro, o atendimento será realizado por apenas um médico plantonista, sendo restrito a casos de urgência/emergência, cuja definição cabe ao profissional. A Santa Casa também informa que não vai mais realizar o serviço de transferência e transporte de pacientes e exames laboratoriais eletivos.
Na última quarta-feira, a secretária de Saúde da Prefeitura de Capitólio, Aline Silva Barbosa de Castro, anunciou um acordo para solucionar o imbróglio. Segundo a secretária, dois médicos do corpo clínico do hospital doaram o sobreaviso noturno de segunda a quinta-feira, no valor de R$ 250 por dia, durante os dois últimos meses de 2023, o que deve evitar problemas nos atendimentos de urgência e emergência.
Pela proposta da administração, durante o dia, os médicos contratados pelo município vão se revezar quando acionados através de escala de revezamento. A pasta também anunciou medidas para contornar o serviço de transferência e transporte de pacientes.
De acordo com a presidente da Diretoria Executiva da Santa Casa, as propostas estão em análise. “Estão sendo analisadas no que tange à viabilidade e à legalidade de serem ofertadas e executadas pela Santa Casa através do Consórcio Público Intermunicipal de Saúde da Microrregião de Piumhi (CINSC)”, afirma Gleida.
Segundo ela, o impasse em relação aos repasses do município para o hospital não foi solucionado e que os valores são insuficientes para garantir o atendimento. “Juntos, estamos empenhados na busca de soluções viáveis para dar continuidade aos serviços de saúde atualmente prestados”, disse.
Ela afirma que, neste mês, o hospital recebeu R$ 170 mil da Câmara e R$ 10 mil da prefeitura e que faltam R$ 150 mil em repasse para complementar a subvenção mensal, sem contar os R$ 660 mil referentes a novembro e dezembro.
Outras notícias



