Primeiro vamos entender, afinal o que é ansiedade? Sensação natural que nos coloca em alerta para agirmos em situações de perigo, portanto ela é extremamente importante e necessária.
Quando a ansiedade se torna FREQUENTE e AUMENTADA, surgem os transtornos de ANSIEDADE, e é aqui que mora o perigo.
Na infância ela tende a aparecer sempre que há a separação da criança do seu ambiente seguro, e dos seus pais/cuidadores de confiança, isto na verdade mostra que a criança possui um vínculo forte e saudável com os mesmos.
É muito importante entendermos que a infância é uma fase cheia de mudanças e que exige da criança muitas adaptações, quanto mais ajudarmos a criança a passar pelas mudanças de forma leve e divertida mais fácil será.
Cada criança possui seu ritmo e forma de passar pelas situações, NÃO se deve comparar ou achar que ela tem que ser como todos os colegas e/ou irmãos.
Cada criança é única.
Na infância a ansiedade aparece através de sinais e sintomas, veja se o seu filho apresenta algum destes sinais e/ou sintomas:
- Irritação, reclamação constante;
- Agressividade e baixa tolerância diante de brincadeiras e regras;
- Sensação de não se encaixar nos grupos;
- Dores de cabeça, na barriga ou em outra parte do corpo com frequência, mas sem causa física (sempre importante investigar com o pediatra)
- Falta de ar, tonturas
- medo excessivo, crises de choro, insegurança
- imediatismo e dificuldade em esperar sua vez
- falta de apetite e dificuldade para dormir, pesadelos, bruxismo(ranger os dentes a noite)
Outros sintomas associados a ansiedade:
- Roer as unhas;
- Sonambulismo;
- Depressão;
- Bruxismo;
- Dificuldades de aprendizado;
- Disfluência e gagueira, entre outros.
É muito importante entender que a ansiedade infantil é multifatorial, ou seja, ela apresenta vários fatores que faz com que ela apareça e permaneça na vida da criança, veja algumas da causas:
1) Excesso de atividades
As crianças se sentem cada vez mais cobradas e sobrecarregadas com tantas atividades, alguma delas tem tarefas escolares diárias e extensas. Fora isto inúmeras atividades extras, como aula de reforço, esportes, música, artes dentre tantas outras.
2) Emoções reprimidas
Pouco se fala desta causa, mesmo ela sendo uma das principais causa. Quando os pais utilizam uma educação baseada na repressão e punição a criança “abafa” suas
emoções, criando um efeito “panela de pressão”. Se as emoções não são expressadas elas se transformam em ansiedade.
3) Ambiente familiar ansioso
Se o ambiente familiar não proporciona tranquilidade a criança, ou se os adultos da casa também sofrem com a ansiedade, a tendência é que a criança absorva como uma esponja este padrão.Além disso se existe muitos conflitos familiares isto tende a intensificar.
4) Excesso de Telas
Já está mais do que comprovado o quanto o uso de telas prejudica as crianças, isto porque o cérebro delas é extremamente imaturo.
Televisão, celular, jogos além de prejudicar o desenvolvimento das crianças geram mais ansiedade. Elas não conseguem sair por conta própria dos eletrônicos e ficam “hipnotizadas” com o conteúdo de desenhos e jogos.
Se você identificou algum dos sinais/sintomas acima é muito importante saber o que fazer para ajudá-lo.
Em primeiro lugar é muito importante que cada caso seja avaliado, pois não existe uma receita de bolo nesta questão.
Existem 4 pilares para melhorar a ansiedade, em qualquer faixa etária:
- Sono de qualidade;
- Boa alimentação;
- Exercício físico;
- Psicoterapia
Quando se trata de ansiedade infantil é importante que os adultos construam uma maturidade emocional para lidar com os desafios familiares e saibam orientar emocionalmente seus filhos. Pais que NÃO curam seus traumas encontram muitas dificuldades com os filhos, é por isto que eu criei uma metodologia chamada Linguagem Emocional, para que você aprenda em 4 passos uma nova forma de comunicar com a criança. Utilizar esta linguagem melhora a autoestima e a autoconfiança da criança, diminui a ansiedade e os conflitos familiares.
É muito importante também que os pais estabeleçam uma rotina tranquila e leve para seus filhos, uma rotina em que tenha conexão emocional.
Diminua as atividades do seu filho, e aumente o tempo que você passa com ele.
Cuide da sua saúde mental como pai e mãe e se precisar de ajuda não pense duas vezes, conte com o meu apoio. O que cuidamos hoje evitamos problemas no amanhã.
Colunista

Clarissa Freitas, Psicóloga Clínica desde 2006, Psicodramatista, Especialista em Psicoterapia(EMDR), Palestrante, Idealizadora da Clínica de Psicologia Clarissa Freitas e colunista do Jornal Ponto.
Especialista Infantojuvenil CRP0426302
Aprenda a lidar com as emoções e seja inspiração pro seu filho!
Instagram@clinicaclarissafreitas
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