José Adilson “Maguila”, um dos maiores nomes do boxe no Brasil, faleceu aos 66 anos. Saiba os detalhes de sua trajetória.
Nesta quinta-feira, 24 de outubro de 2024, o Brasil se despede de José Adilson Rodrigues dos Santos, conhecido pelo grande público como Maguila. O ex-boxeador faleceu aos 66 anos, em São Paulo, após uma longa batalha contra a encefalopatia traumática crônica (ETC), uma condição neurodegenerativa provocada por golpes repetidos na cabeça.
Nascido em 11 de julho de 1958, em Aracaju, Sergipe, Maguila encontrou no esporte uma oportunidade de mudar de vida. Com uma infância marcada por dificuldades financeiras, ele deixou sua cidade natal ainda jovem e foi para São Paulo, onde começou trabalhando como ajudante de pedreiro. O contato com o boxe veio quase por acaso, quando começou a frequentar academias na cidade. O ídolo Muhammad Ali foi sua principal inspiração, e foi assistindo às lutas do campeão que Maguila decidiu seguir o mesmo caminho.
A carreira no pugilismo teve início em 1979, quando começou a treinar com seriedade. Dois anos depois, fez sua estreia no ringue em um torneio chamado “Forja de Campeões”, onde mostrou o talento que faria dele um dos maiores nomes do esporte no Brasil.
O Diagnóstico de Encefalopatia Traumática Crônica
A vida de Maguila fora dos ringues também foi marcada por desafios. Em 2013, foi diagnosticado com encefalopatia traumática crônica (ETC), uma condição neurodegenerativa que afeta atletas de esportes de contato devido aos repetidos golpes na cabeça. Entre os sintomas, estão perdas de memória, desorientação e, em casos mais graves, demência e alterações de comportamento.
Os primeiros sinais apareceram anos antes, com esquecimentos frequentes e mudanças de humor. Inicialmente diagnosticado com Alzheimer em 2010, a confirmação da ETC só veio três anos depois. A luta contra a doença foi árdua e trouxe limitações, obrigando-o a viver em uma clínica de cuidados em Itu, São Paulo, nos últimos anos de vida.
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